O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na noite deste domingo, passou por mais uma cirurgia abdominal, no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento, uma laparotomia exploradora, tem como objetivo a liberação de aderências intestinais e a reconstrução da parede abdominal. A intervenção foi confirmada em boletim médico divulgado pela unidade hospitalar, às 10h23.

Segundo o Hospital DF Star, a decisão pela cirurgia veio após uma reavaliação clínica e a realização de novos exames laboratoriais e de imagem, que indicaram a persistência do quadro obstrutivo, mesmo com as medidas clínicas adotadas — como jejum, descompressão gástrica, sonda e hidratação intravenosa.

"As equipes que o assistem optaram de comum acordo pelo tratamento cirúrgico", afirmou o boletim médico. Participam da operação os médicos Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Ricardo Camarinha, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges.

As aderências no intestino de Bolsonaro são consequência das diversas cirurgias a que foi submetido após o atentado a faca que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. Segundo o médico Cláudio Birolini, o atual episódio é o mais grave enfrentado pelo ex-presidente desde então.

“Da forma como ele chegou, bastante desidratado, com muita dor e distensão abdominal exuberante… Dá para dizer, com alguma segurança, que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou”, afirmou o cirurgião no sábado.   

A cirurgia teve início por volta das 8h30 da manhã deste domingo e, de acordo com o senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanha o caso de perto, o procedimento deve ser longo.

Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prestou solidariedade ao ex-presidente e desejou "força" e "pronta recuperação". 

Apesar do desconforto físico, Bolsonaro chegou a fazer um breve pronunciamento em Natal antes da transferência, criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e agradecendo o apoio de aliados. Ele também orou com funcionários do Hospital Rio Grande e acenou para apoiadores.

Até o momento, não há previsão oficial de alta, e o estado de saúde do ex-presidente segue sendo monitorado pela equipe médica do Hospital DF Star.