Águia Negra escala jogadores irregulares e alega validação da FFMS
Valdeci e Luiz Eduardo, que estavam suspensos após tomarem o terceiro cartão amarelo no jogo de ida das quartas de final, foram escalados e entraram em campo, contra o DAC

G E - MS
Valdeci e Luiz Eduardo, que estavam suspensos após tomarem o terceiro cartão amarelo no jogo de ida das quartas de final, foram escalados e entraram em campo na partida de volta, no Estádio Douradão, vencida nos pênaltis pelo Águia, por 3 a 1, após o DAC fazer 2 a 1 no tempo regular.
De acordo com o regulamento do Campeonato Estadual, atletas e integrantes da comissão técnica dos times ficam automaticamente suspensos da próxima partida em que forem advertidos com o terceiro cartão amarelo.
Veja o que diz o Artigo 41 – "Ficarão automaticamente impedidos de serem relacionados para a partida subsequente da mesma competição, o atleta ou o membro de comissão técnica advertido pelo árbitro a cada série de 3 (três) advertências, com cartões amarelos, independentemente da sequência das partidas previstas na tabela da competição".
O presidente do Águia Negra, Iliê Vidal, alega que teve validação da Federação de Futebol (FFMS), através do diretor de competições e vice-presidente, Marco Antonio Tavares, para escalar os atletas.
"Não estão irregulares. Eu tenho uma resolução da Federação, do diretor de competições, que mandou para todos os clubes, assim que terminou a 1ª fase, zerando todos os cartões. Foi aceito por todos os clubes, porque se não fosse todos teriam questionado, né?",
explicou ao ge MS.
Iliê disse ainda que no sábado (08) entrou em contato com Tavares para confirmar a legalidade da resolução, o dirigente reafirmou que a decisão era oficial e que poderia ser considerada legal.
– "Ele me garantiu que eu poderia jogar, tenho as conversas dele dizendo que não tem problema nenhum, que o documento tem validade, que tem respaldo jurídico. Eu acreditei nele e os jogadores foram pro jogo".
Do outro lado, o presidente do Dourados, Marco Araújo, afirmou que vai recorrer ao TJD-MS por conta da escalação dos dois jogadores que, conforme regulamento, deveriam cumprir suspensão de uma partida.
"A gente vai fazer o manifesto ao TJD, pedindo esclarecimento e acusando esses dois jogadores que estão ilegais. O Tavares fez um papel dizendo que poderia jogar, mas ele não tem essa autoridade, tem que pegar o conselho arbitral para fazer isso, ele não fez", destacou.
Conforme o Artigo 93 do regulamento, "os casos omissos serão resolvidos exclusivamente pelo Conselho Técnico da Competição", no entanto, Araújo alega que a decisão não passou pelo Conselho, sendo tomada exclusivamente na canetada de Tavares.
– "Marcos Tavares coletou assinatura ontem do conselheiro, de 2/3, do Mazinho da Portuguesa e Nelson do Operário, para mascarar que teve a diretrizes, mas não teve, e nem ata, nem filmagem de tal reunião", acrescentou.
"Se o DAC vai recorrer aí é uma questão jurídica, que vai ter os trâmites legais, aí ele vai fazer a denúncia e eu vou me defender. Até agora o Águia não recebeu nenhuma notificação", finalizou Iliê.
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