Leila Pereira é reeleita presidente do Palmeiras
A empresária confirma favoritismo e supera Savério Orlandi em disputa pela presidência alviverde
FOLHA DE SÃO PAULO
A fluminense de Cambuci vai, assim, para seu segundo triênio à frente do clube, ao qual chegou como patrocinadora, em 2015. Dona da empresa de crédito Crefisa e da rede universitária FAM, envolveu-se desde o início da parceria na política da agremiação, teve as portas abertas no Conselho Deliberativo e venceu sem adversários a eleição presidencial de 2021.
De lá para cá, grupos diversos se uniram e formaram um bloco de oposição, com críticas à sua administração. Savério contestava -e contesta- sobretudo o que chama de "caráter personalíssimo" da gestão Leila, com questionamentos sobre o conflito de interesses decorrente de seus papéis como dirigente do clube e dos patrocinadores.
Os argumentos não foram suficientes para derrubar Pereira, prestigiada pelos grandes resultados obtidos no futebol profissional nos últimos anos. A situação financeira da agremiação, apesar das objeções dos opositores e de problemas eventuais de fluxo de caixa, é saudável na comparação com a dos principais rivais.
"Hoje, é difícil ser oposição no Palmeiras", divertiu-se, em entrevista concedida à Folha no mês passado.
A oposição, de fato, teve dificuldades na eleição. Questionou as regras do jogo, lamentou a cobrança de valores altíssimos - R$ 100 mil pelo aluguel do ginásio, R$ 50 mil pelo uso do estande padronizado - para realizar campanha dentro do clube e ironizou os shows gratuitos oferecidos aos sócios.
Estes referendaram mesmo Leila, que entra agora em nova fase em sua relação com o Palmeiras. Os contratos da Crefisa e da FAM com a agremiação alviverde serão encerrados no próximo mês e não terão renovação. A presidente já alinhavou um acordo de quatro anos com a empresa de apostas Sportingbet para o posto de patrocinador principal.
O acerto prevê o pagamento de R$ 100 milhões por ano, ajustados pela inflação ao fim de cada temporada, diferentemente do que ocorria com a Crefisa, sem reajuste. Também não há mais exclusividade, o que permitirá à diretoria comercializar outras áreas do uniforme, com a meta de que ele passe a valer R$ 150 milhões por temporada.
A presidente conta também com o dinheiro do próximo acordo de TV do Campeonato Brasileiro, com a promessa de manter um time forte. Os últimos anos foram de investimentos menores no futebol, e uma parcela considerável da torcida cobra reforços, especialmente um centroavante goleador.
O Palmeiras participará em 2025 da Copa do Mundo de Clubes, nova versão do Mundial, com 32 equipes, 12 delas europeias. O desafiador torneio é o grande sonho do torcedor alviverde, que se acostumou a ganhar títulos importantes nos últimos anos. No momento, o time briga por seu terceiro troféu seguido do Campeonato Brasileiro.
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