Militares planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes em 2022
As informações foram encontradas pela PF, com ajuda de um equipamento israelense, em celulares e computadores dos investigados
G 1
A Polícia Federal (PF) prendeu hoje quatro militares e um policial federal suspeitos de participar de um plano, elaborado no final de 2022, para assassinar o então presidente eleito, Lula, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A trama começou a ser traçada em 12 de novembro daquele ano, na casa do então ministro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), general Walter Braga Netto (veja a linha do tempo).
As informações foram encontradas pela PF, com ajuda de um equipamento israelense, em celulares e computadores dos investigados e divulgadas com a autorização de Moraes. Com os novos dados, a PF voltou a interrogar o principal ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e apontou omissões e contradições em seu depoimento.
Saiba quem são os presos:
- Mário Fernandes - considerado o mais radical do grupo, é general da reserva e foi chefe da Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro, além de ter sido chefe de gabinete do ex-ministro e hoje deputado federal Eduardo Pazuello
- Rafael Martins de Oliveira - major da ativa, já foi preso durante outra operação que investigava suspeitos de planejar golpe para manter Bolsonaro no poder; era o principal interlocutor de Mauro Cid
- Helio Ferreira Lima - tenente-coronel da ativa, foi exonerado depois de ter sido alvo de operação da PF em fevereiro de 2024
- Rodrigo Bezerra Azevedo - major da ativa
- Wladimir Matos Soares - policial federal que participou da segurança do hotel usado por Lula durante a transição de goveno
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