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Naviraí - MS,21/11/2024

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Militares planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

As informações foram encontradas pela PF, com ajuda de um equipamento israelense, em celulares e computadores dos investigados

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Militares planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

G 1

A Polícia Federal (PF) prendeu hoje quatro militares e um policial federal suspeitos de participar de um plano, elaborado no final de 2022, para assassinar o então presidente eleito, Lula, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A trama começou a ser traçada em 12 de novembro daquele ano, na casa do então ministro e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), general Walter Braga Netto (veja a linha do tempo). 

As informações foram encontradas pela PF, com ajuda de um equipamento israelense, em celulares e computadores dos investigados e divulgadas com a autorização de Moraes. Com os novos dados, a PF voltou a interrogar o principal ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e apontou omissões e contradições em seu depoimento.

Saiba quem são os presos:

  • Mário Fernandes - considerado o mais radical do grupo, é general da reserva e foi chefe da Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro, além de ter sido chefe de gabinete do ex-ministro e hoje deputado federal Eduardo Pazuello
  • Rafael Martins de Oliveira - major da ativa, já foi preso durante outra operação que investigava suspeitos de planejar golpe para manter Bolsonaro no poder; era o principal interlocutor de Mauro Cid
  • Helio Ferreira Lima - tenente-coronel da ativa, foi exonerado depois de ter sido alvo de operação da PF em fevereiro de 2024
  • Rodrigo Bezerra Azevedo - major da ativa
  • Wladimir Matos Soares - policial federal que participou da segurança do hotel usado por Lula durante a transição de goveno
Os quatro militares eram ligados às Forças Especiais do Exército, os chamados "kids pretos". O grupo é formado por homens com treinamento para atuar em missões com alto grau de risco e sigilo, como combate a terrorismo, guerrilha, insurreição, movimentos de resistência ou insurgência. Segundo o Exército, até o ano passado, a corporação tinha 2,5 mil kids pretos (saiba mais sobre as Forças Especiais).

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