Uma série de explosões abalou a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Câmara dos Deputados, no início da noite desta quarta-feira. O incidente, que resultou na morte de um homem, ocorreu por volta das 18h30, após ele lançar um explosivo na fachada do STF.
O incidente também envolveu a explosão de um veículo no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, que estava carregado de fogos de artifício. A identidade da vítima, que ainda não foi confirmada, é possível que esteja relacionada ao proprietário do veículo, Francisco Wanderley Luiz, um chaveiro e ex-candidato a vereador no município de Rio do Sul (SC).
O ataque foi marcado por fortes estrondos, que foram ouvidos ao final de uma sessão no STF. O tribunal emitiu uma nota informando que os ministros foram retirados com segurança do prédio, assim como servidores e colaboradores. Não houve feridos entre as autoridades presentes.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a Polícia Federal abrirá uma investigação para apurar o caso, com a participação de equipes especializadas, incluindo o Comando de Operações Táticas e o grupo anti-bombas.
Como medida de segurança, o acesso à Esplanada dos Ministérios foi fechado, e a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros continuam as buscas na região. A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas), esteve no local para acompanhar as ações de contenção. A segurança foi reforçada nas áreas próximas, incluindo o Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava no momento das explosões, já que havia deixado o local antes do incidente.
O atentado gerou grande repercussão, com autoridades como o ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, repudiando os ataques e pedindo celeridade nas investigações. "Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares. A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível".
Até a publicação deste texto, policiais militares faziam varredura na Esplanada.
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