CAMPO GRANDE NEWS
O evento acontece no recinto do Parque de Exposições Laucídio Coelho. "Essa é uma das maiores exposições de genética melhoradora do Brasil", garante Paulo Matos, presidente da Nelore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore de Mato Grosso do Sul), que promove o evento.
O ingresso para a Expogenética é gratuito, tanto para os rodeios quanto para os shows. Segundo a organização será cobrado ingresso diferenciado apenas para os espaços vips.
Nesta sexta-feira (1º) acontece a abertura oficial do evento, a partir das 19h, com a presença confirmada do governador do Estado, Eduardo Riedel, autoridades e convidados. O evento segue até dia 10 de novembro.
Para presidente da Nelore-MS, Paulo Matos, 90% de todo o rebanho do Estado é da raça nelore ou anelorado. “Diante da importância que Mato Grosso do Sul tem no contexto nacional na produção de genética melhoradora, esse evento vem consagrar e mostrar essa força para o restante do país, pois a genética produzida aqui no Estado é exportada para todo o Brasil”, comenta o ruralista.
O Mato Grosso do Sul tem o quinto maior rebanho de bovinos do Brasil, segundo relatório de 2023 do IBGE, contabilizando 18,9 milhões de animais.
A Expogenética prevê a participação de 300 animais, entre aqueles que serão levados a leilão e aqueles colocados à venda diretamente nos pavilhões, entre touros e matrizes. A feira coincide com a estação de monta da pecuária, iniciada com a primavera.
A ORIGEM DA RAÇA NELORE
Segundo registros da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) a trajetória que transformou o ongole indiano no nelore brasileiro, começa na primeira metade do século XIX, de quando datam os primeiros registros de desembarque no país de zebuínos originários da Índia.
A história descreve que a primeira aparição do nelore no país teria ocorrido em 1868 quando um navio, que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo. Os animais teriam sido comercializados, permanecendo no país.
Dez anos depois, em busca de animais exóticos para trazer ao Brasil, Manoel Ubelhart Lemgruber teve contato com a raça ongole durante uma visita ao zoológico de Hamburgo, na Alemanha, e de lá promoveu a importação de um casal de animais da raça, em outubro de 1878. Posteriormente, outras partidas oriundas diretamente da Índia aportaram no Rio de Janeiro.
A raça nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do nelore.
As duas últimas e significativas importações de reprodutores nelore aconteceram entre os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de Noronha, onde foram submetidos a quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias, Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das principais linhagens de nelore.
Nesse desembarque de 1962, do navio Cora em Fernando de Noronha, 84 cabeças da raça nelore passaram por oito meses de quarentena. Esses animais foram importados pelos criadores Rubens de Carvalho (o Rubico), Veríssimo Costa Júnior e Torres Homem Rodrigues da Cunha.
Nesse desembarque de 1962, do navio Cora em Fernando de Noronha, 84 cabeças da raça nelore passaram por oito meses de quarentena. Esses animais foram importados pelos criadores Rubens de Carvalho (o Rubico), Veríssimo Costa Júnior e Torres Homem Rodrigues da Cunha.
Confira a agenda dos leilões:
• 31/10/2024 (Quinta-feira) - 19:00 – Tatersal 1
Leilão: 1º Leilão Super Corte Expogenética 2024
02/11/2024 (Sábado) - 12:00 – Tatersal 1
Leilão: Destaque MS
• 03/11/2024 (Domingo) - 16:00 – Tatersal 1
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