Crise hídrica se agrava no rio Paraguai
A cena mais impressionante acontece quando o rio passa por Assunção - pior seca em 121 anos
Com previsão de chuva só em outubro, e ainda assim abaixo da média, a crise hídrica vai se agravar na BAP (Bacia do Alto Paraguai) nas próximas semanas. Mesmo com a Hidrelétrica de Manso, no vizinho Mato Grosso, liberando mais água do reservatório, a seca segue histórica.
A cena mais impressionante é vista quando o rio passa por Assunção, capital do Paraguai. Na sexta-feira (dia 6), foi quebrado o recorde histórico para aquele ponto em 121 anos de medição: – 77 centímetros. O Rro Paraguai é o principal corpo hídrico do Pantanal.
O nível do rio também registra ritmo acelerado de queda em Mato Grosso do Sul. Em julho, a régua de Ladário, município vizinho a Corumbá, marcava 74 centímetros. Em agosto, caiu para 17 centímetros. Os dados foram divulgados pela Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
Na régua instalada em Porto Murtinho, o nível caiu de 169 centímetros para 128 centímetros em um mês.
Em agosto, a navegação de transporte de cargas no Rio Paraguai foi totalmente interrompida em Mato Grosso do Sul. Em maio, a ANA (Agência Nacional de Águas) declarou escassez hídrica na Região Hidrográfica do Paraguai.
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